Aumento de Capacidade e Eliminação de Desperdícios na Fabricação de Vacinas
- RioConsulting Group
- 22 de jan. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de ago. de 2022

A maior expectativa do mundo é pela vacina para o coronavírus. Segundo a OMS, foram confirmados no mundo 86.749.940 casos de COVID-19 (771.527 novos em relação ao dia anterior) e 1.890.342 mortes (13.696 novas em relação ao dia anterior) até 8 de janeiro de 2021. Tornando a sua vacina o produto mais valioso do mundo.
Após a aceitação das vacinas pelos órgãos regulamentadores do mundo, o próximo passo é a produção e distribuição das vacinas no mundo. Contudo, os processos produtivos e toda a cadeia produtiva de produção de vacinas possuem desperdícios/perdas que devem ser reduzidos ou eliminados para atendimento da demanda.
Cadeia Produtiva Longa e Cheia de Gargalos e Desafios
Vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças, que contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença, mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença. Sendo, portanto, essencialmente preventiva.
As vacinas possuem processo de produção a partir de microrganismos inativados ou de suas toxinas, em um processo que pode ser dividido em três etapas básicas: fermentação, detoxificação e cromatografia. O diagrama abaixo mostra o processo na cadeia produtiva a partir do fornecimento do IFA (ingrediente farmacêutico ativo):

Perdas no Processo de Fabricação de Vacinas
Como a cadeia produtiva para a fabricação de vacinas é longa, há inúmeros gargalos que as empresas enfrentam, crescentes com a alta demanda mundial para a produção de vacinas coronavírus para a população.
Segundo a Fiocruz:
“A fabricação de vacinas é um processo biológico que exige um alto nível de especialização. Precisamos adaptar continuamente os processos de produção para atender às demandas regulatórias em evolução, que variam de país para país.”
As perdas no processo de produção ocorrem principalmente nas seguintes etapas de produção:
· Produção do IFA: o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) é a matéria prima para a fabricação da vacina, e geralmente é fornecido por outros laboratórios, todo o processo é dependente desse componente químico. Sem ele não é possível programar as entregas dos pedidos de vacinas pelos governos em 2021. A sua falta gera perda por espera em todo o processo produtivo.
· Envase: o envase possui perda por espera (setups longos), superprodução, qualidade e até transporte ocasionando paradas e atrasos na entrega dos lotes aos clientes.
· Liofilização/Recravação: A vacina líquida é um produto muito instável. Contudo, esta opção ainda é ineficiente para alguns produtos e impacta na perda por qualidade do mesmo.
· Controle de qualidade: todo processo de produção de vacinas possui alto nível de controle de qualidade aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), observando os princípios de bioseguranca e bioética, realizado através de controle estatístico de processos (CEP). Com a urgência pelos lotes grandes de vacina, haverá considerável índice de retorno de frascos.
· Rotulagem: A rotulagem tem como objetivo a marcação do frasco e a perda por qualidade e espera geram numerosas paradas na linha de produção e rejeição dos produtos;
· Embalagem: na embalagem há muita perda por espera e movimentação (caso esse processo não seja automatizado), ocasionando mais atrasos na entrega.
· Armazenagem: As perdas por transporte e movimentação são frequentes na armazenagem, devido ao layout do galpão e a ergonomia precária do processo, causando danos à saúde dos colaboradores dessa etapa do processo.
· Expedição: perdas por movimentação, espera e transporte são frequentes. Além de dificuldade na identificação dos lotes para entrega aos transportador.
Distribuição pelo Brasil: perda por espera, danos de carga, roubo, extravio são frequentes e devem ser combatidos pela relevância da carga.
Como o Lean Six Sigma Elimina Essas Perdas
O Lean Six Sigma elimina todas as perdas em todas as etapas da cadeia produtiva, fazendo assim com que a fábrica alcance a sua capacidade produtiva nominal máxima. Pois o que é divulgado são números de produção, como por exemplo a capacidade da FioCruz de 1 milhão de unidade/dia, que não consideram as perdas como deveriam ser, para esse produto e esse contexto de vida ou morte.
Na prática, a necessidade de eliminação das perdas no processo de produção das vacinas é obrigatório sob o ponto de vista de atender os muitos pedidos dos Estados e atendimento do cronograma de vacinação no Brasil.
A RioConsulting Group é uma empresa com know how em gestão da produção, Lean Six Sigma e Gestão de Processos que atua com foco nos resultados pretendidos de seus clientes no Brasil.
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